ONG Banco de Alimentos

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Frase Final

1/3 de tudo que é produzido no mundo vai parar no lixo

 

O Motivo da Escolha

Globalmente, cerca de 14% dos alimentos se perdem entre a colheita e a venda – no caso de frutas e  vegetais perde-se mais de 20%. De acordo com um relatório lançado pelo PNUMA em março do ano de 2021, o Índice de Desperdício de Alimentos 2021, cerca de 17% do total de alimentos disponíveis aos consumidores foram para o lixo das residências, varejo, restaurantes e outros serviços alimentares em 2019. 

Regina Cavini, Representante adjunta do PNUMA no Brasil, lembrou que “a redução da perda e do desperdício de alimentos não é apenas importante no combate à fome, é também um meio poderoso de fortalecimento da sustentabilidade de nossos sistemas alimentares, redução das emissões de gases de efeito estufa e melhora da saúde planetária”.

Fonte: https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/comunicado-de-imprensa/pnuma-e-fao-convocam-movimento-no-brasil-para-reduzir#:~:text=De%20acordo%20com%20um%20relat%C3%B3rio,outros%20servi%C3%A7os%20alimentares%20em%202019

A divisão entre os que comem e os que não comem, no mundo e no Brasil, não é nova. Atravessa os anos, os séculos, sem soluções consistentes à vista. De um lado a fome e do desperdício. Estamos atolados em uma cultura do desperdício. Na realidade, o desperdício impacta todas as necessidades humanas, pois leva muitos recursos para o ralo, recursos estes que poderiam servir à construção de escolas, moradias, hospitais, saneamento básico e todo o necessário para suprir as necessidades humanas.
No Brasil, 27 milhões de toneladas de alimentos são desperdiçadas em média a cada ano, levando em conta toda a cadeia alimentar, da produção ao consumo final, segundo dados da FAO/ONU – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura. No mundo, a FAO estima que 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados por ano, cerca de um terço do que é produzido globalmente, considerando toda a cadeia alimentar. A produção deste total de alimentos que é perdida responde por 8% das emissões de gases de efeito estufa do mundo.
Se o desperdício de alimentos fosse um país, seria o terceiro maior emissor de gases de efeito estufa do planeta; também consumiria 250 km³ de água, o equivalente a 2,7 vezes a vazão anual do Rio São Francisco, mais do que o consumo da China ou da Índia. Ou seja, toda a cadeia de produção consome recursos: usa-se água, desmata-se terras, polui-se o solo e os rios, sem que o alimento chegue às pessoas, indo parar no lixo. Um cenário de triste contradição, em que tanta gente não come e tanto alimento é simplesmente descartado.
Segundo análise da ONG Banco de Alimentos, com base em dados da Embrapa, o desperdício de um terço de alimentos que ocorre em toda a cadeia alimentar tem a seguinte origem: 10% no campo; 50% no manuseio e transporte; 30% nas centrais de abastecimento; 10% nos supermercados e consumidores. A Pesquisa Diálogos Setoriais União Europeia – Brasil, da Embrapa e FGV, com base em 2018 e divulgada em 2021, aponta que uma família média brasileira desperdiça quase 130 kg de comida por ano, uma média de 41,6 kg por pessoa. E os alimentos que mais vão para o lixo, por percentual do total desperdiçado, são arroz (22%), carne bovina (20%), feijão (16%) e frango (15%).

 

Como transformar essa informação em ação

A perda e o desperdício de alimentos ocorrem em todo o ciclo da cadeia alimentar, desde a produção agrícola até o consumo final nos lares.
Infelizmente durante todo este processo, a maioria de nós consumidores não temos acesso e não conseguimos fazer nada além de disseminar estas informações para que cheguem até os produtores agrícolas.
O desperdício de alimentos ocorre em nossos lares por diversos motivos: má planificação das compras e das comidas, excesso de compras (proporções inadequadas, latas e vidros grandes etc.), confusão acerca das etiquetas (datas preferências de consumo e caducidade) e armazenamento inadequado.
Sugestões para evitar o desperdício
Responsabilidade consigo próprio e com o planeta
Pequenas quantidades: servir-se em quantidades menores.
Em restaurantes, compartir pratos com amigos.
Reutilizar sobras: utilizá-las para outra refeição ou para elaborar pratos difer-.
Fazer um planejamento/lista de compras dentro das necessidades. Não comprar mais do que for consumir.
Desconsidere na hora da compra a estética dos alimentos: comprar frutas e verduras mais feias ou irregulares, boas para consumo.
Revisar frequentemente o refrigerador: armazenar os alimentos a uma temperatura entre 1 e 5 graus centígrados, potencializando a vida útil dos alimentos.
Primeiro alimento a entrar, primeiro a sair: utilizar os produtos mais antigos primeiro, colocando-os na frente e, os mais novos, atrás.
Entender as datas: consumir até ou antes de, significa a data limite de consumo, consumir preferencialmente até significa a melhor época para o consumo, mas o alimento pode ser consumido. A data de caducidade do alimento é endereçado aos fabricantes e varejistas para o rol de produtos.
Compostar quando não for possível evitar o descarte.
Doar o excedente

 

Organização

Criada em 1998 pela economista Luciana Chinaglia Quintão, a ONG Banco de Alimentos atua há 23 anos no combate à fome e ao desperdício de alimentos no Brasil. Organização pioneira no âmbito da sociedade civil, tem a missão de “Alimentar, Educar e Transformar”. Por meio do trabalho de Colheita Urbana, coleta alimentos no campo, comércio e indústria, que já perderam valor de prateleira mas ainda estão aptos para consumo, e os distribui para a população mais vulnerável. Dessa forma, reduz o desperdício e entrega o excedente para entidades sociais, minimizando os efeitos da fome e possibilitando a complementação alimentar de qualidade em 42 entidades assistidas continuamente, que atendem mais de 23 mil pessoas na região da Grande São Paulo. Além da Colheita Urbana, a ONG Banco de Alimentos atua nos pilares Educação Nutricional, Conscientização e Assistência Social. Entre 1998 e 2020 a ONG Banco de Alimentos entregou 13 mil toneladas de alimentos.

 

@ongbancodealimentos

 

Designer:
Claudia Gil

 

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