“Nós que somos Porto Alegre”

Um poema visual em video mapping especialmente criado para a Ponte de Pedra, sobre as culturas e etnias que fazem a Porto Alegre de hoje. Dos fundadores da cidade aos que estão chegando agora e ressaltando os povos originários e outras culturas invisibilizadas.

Artista: Jana Castoldi é artista visual. Desenvolve videoinstalações e projetos de audiovisual expandido utilizando técnicas de videomapping.Participa como vj e videomaker em projeções mapeadas de arquitetura, peças teatrais, performances, shows e concertos musicais além de criar vídeo-cenários para festas e eventos.

Na obra teremos grafismos Kaingang desenhados por Wera Kanhinka - artista visual

Músicas de B.art  e de Oderiê 

B.art é o nome artístico da artista Bartira Marques. Mulher, negra, mãe. MC, poeta, DJ e produtora cultural. Seu álbum "Filha do Sol" fala da descolonização à busca por poder até a percepção de que poder em um mundo que pede socorro, não basta. Tá tudo errado. Descobrimos quem somos, recobramos nosso espaço, pedimos o que é nosso de volta. Lutamos por direitos, por igualdade, mas quanto tempo isso vai levar? E quando conseguirmos, o que ainda restará? A ação do ocidente causou alterações profundas no modo de vida, não só para o povo preto e pra sociedade, mas para o planeta Terra. A história não é mais a mesma, o mundo não é mais o mesmo os “reis e rainhas” de hoje, estão vivendo outro contexto.”

Oderiê é indígena da etnia Cha-Yúa (Nação Charrúa), multiartista, não-binária, que através da música e do audiovisual ativa sua cultura e ancestralidade no presente. Sua música "Corpo Terra" foi escrita a partir das memórias sobre os rios que a acompanharam enquanto cruzava essas fronteiras dos dois estados do Sul em que viveu na infância. “Tento transmitir a importância da história desses rios, que são rastros de memória e ancestralidade, e que também estão dentro de nós e nos acompanham através dos lugares que decidimos ocupar. Somos um corpo Terra e um corpo Rio, e nossos movimentos são a manifestação desses encantados que guiam e protegem a vida na natureza, e por isso a nossa luta pela autodemarcação é tão importante pra manter viva a cultura dos nossos povos."

Apoio: Tela Indígena, Grupo Signatores e Odù Articuladora Cultural